quinta-feira, 24 de março de 2016

CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS SERES VIVOS


Para os biólogos, espécie é um conjunto de indivíduos semelhantes e capazes de se reproduzir, em condições naturais, originando descendentes férteis.
O ramo da ciência que descreve e classifica os seres vivos é a taxonomia. Conhecer a biodiversidade e registrá-la em listas taxonômicas é fundamental para o sucesso de um dos maiores desafios da humanidade: a preservação dos ecossistemas naturais.

Para ordenar a distribuição dos seres vivos, Lineu, um botânico sueco (1707 -1778), propôs encaixá-los em diversas categorias.
Em biologia, classificar significa comparar organismos, individualizar semelhanças e diferenças e formar grupos, obedecendo a determinados critérios.

Ao falarmos de animais e de plantas, por exemplo, podemos usar como critério de classificação o tipo de nutrição: animais são seres heterótrofos; plantas são seres autótrofos. Ao considerarmos bactérias e animais, podemos usar como critério de classificação o número e o tipo de célula: bactérias são unicelulares e procariontes; animais são pluricelulares e eucariontes.
Em 1735, Lineu propôs o sistema binominal de nomenclatura. No sistema binominal devem ser observadas algumas regras de nomenclatura:

·         O nome científico de uma espécie deve ser escrito em latim.
·         É obrigatório o uso de duas palavras para designar o nome científico de uma espécie; daí a expressão sistema binominal de nomenclatura (a palavra binominal significa “com duas palavras”). A primeira delas deve ser escrito com letra inicial maiúscula; a segunda, com letra inicial minúscula.
·         A primeira palavra, com inicial maiúscula, indica o gênero a que a espécie pertence. A expressão formada pela primeira mais a segunda designa a espécie, Ex. Panthera tigris.
·         No texto impresso, as duas palavras devem destacar-se do texto principal usando o tipo itálico; quando escritos à mão, devem ser sublinhadas separadamente: Homo sapiens.

Segundo a classificação moderna existem sete categorias sistemáticas principais: espécie, gênero, família, ordem, classe, filo e reino.
O reino é a categoria mais ampla, pois engloba todas as outras. Assim, um reino compreende um conjunto de filos; cada filo compreende um conjunto de classes; uma classe engloba diversas ordens; cada ordem inclui diversas famílias; uma família abrange vários gêneros; e um gênero, uma ou mais espécie.

Classificação taxonômica do ser humano, chipanzé, puma, gato e o furão.
Reino
Animalia
Animalia
Animalia
Animalia
Animalia
Filo
Chordata
Chordata
Chordata
Chordata
Chordata
Classe
Mammalia
Mammalia
Mammalia
Mammalia
Mammalia
Ordem
Primates
Primates
Carnívora
Carnívora
Carnívora
Família
Hominídae
Hominídae
Felidae
Felidae
Mustelidae
Gênero
Homo
Pan
Puma
Felis
Mustela
Espécie
Homo sapies
Pan troglodytes
Puma concolor
Felis catus
Mustela putorius


 Os seres vivos foram classificados em cinco grandes reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
·         Reino Monera: compreende os seres unicelulares e procariontes, representados pelas bactérias.
·         Reino Protista: compreende seres como os protozoários (unicelulares, eucariontes e heterótrofos) e as algas uni ou pluricelulares, eucariontes e autótrofos.
·         Reino Fungi: Abrange todos os fungos. Esses seres são eucariontes, uni ou pluricelulares e heterótrofos.
·         Reino Plantae: Também conhecido como Metaphyta, compreende as plantas, seres eucariontes, pluricelulares, autótrofos.

·         Reino Animalia: Também conhecido como Metazoa, compreende os animais, seres eucariontes, pluricelulares e heterótrofos.

CARACTERISTICAS DOS SERES VIVOS E NIVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

BIOLOGIA (do grego bios, “viva”, e logos, “estudo”) é o ramo da ciência que estuda a vida de todos os seres vivos da Terra.
Uma maneira de estudar e compreender a vida é analisá-la em seus níveis de organização, que podem ser classificados desde o nível mais simples até o mais complexo.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: a unidade básica morfológica e fisiológica dos seres vivos é a célula. A teoria celular diz que, todos os seres vivos são formados por células, com exceção do vírus. Na maioria dos organismos pluricelulares, as células que desempenham as mesmas funções se reúnem em grupos formando os tecidos. Os tecidos também podem se agrupar formando os órgãos. Os órgãos também podem se agrupar formando os sistemas.
A integração de todos os sistemas forma o organismo. Um peixe, uma planta, um cachorro ou um ser humano são exemplos de organismos.
O conjunto de organismo de uma mesma espécie, que interagem entre si e vivem em um mesmo ambiente, constitui um nível chamado população. Populações que habitam a mesma área e mantêm entre si relações formam um novo nível de organização chamado comunidade ou biocenose.
Abiótico, é o conjunto de todos os fatores como luz, calor, umidade, variedade e quantidade dos gases atmosféricos, água e sais minerais do solo.
Biótico, são todos os seres vivos. A interação da comunidade biótica com o ambiente abiótico forma um ecossistema.
O último nível de organização estudado na Biologia é o conjunto de todos os ecossistemas do planeta Terra, que constitui a biosfera.
Na natureza, podemos encontrar duas formas básicas de nutrição: a dos seres autótrofos, realizadas pelas plantas que produzem seu próprio alimento através da fotossíntese, e a nutrição dos seres heterótrofos, realizada pelos animais que não conseguem realizar fotossíntese, utilizando água, gás carbônico e energia luminosa do Sol, que é absorvida pela clorofila, produzindo a glicose e liberando oxigênio na atmosfera.

Os seres vivos nascem, desenvolvem-se, podem se reproduzir e morrem. Essas diferentes fases da vida de um ser constituem seu ciclo de vida, cuja duração varia de uma espécie para outra.
A reprodução garante a continuidade da vida. Por meio desse processo, os seres vivos produzem descendentes da mesma espécie. Basicamente, os seres vivos, tanto os unicelulares quanto os pluricelulares, podem reproduzir-se de duas maneiras: assexuada e sexuada.
Na reprodução assexuada, muito frequente entre os indivíduos unicelulares, um único individuo dá origem a outro, geneticamente iguais, pois não há troca de material genético.

Na reprodução sexuada, um novo individuo é originado pela união de duas células reprodutoras chamadas gametas. O sexo feminino produz gameta feminino, chamado óvulo. O sexo masculino produz gameta masculino, chamado espermatozoide.
A união de dois gametas denomina-se fecundação, e pode ser externa, isto é, ocorrer fora dos organismos que os produzem, ou interna, isto é, ocorrer no interior do corpo de um deles.
Quando ocorre a fecundação, ou seja, a união dos gametas, forma-se o zigoto, também chamado célula-ovo, que é a nova célula de um novo indivíduo.
Quando um organismo se reproduz, transmite aos seus descendentes um conjunto de informações presentes em seu material genético. Essas informações permitem que o novo ser desenvolva características semelhantes às de seus genitores. Essas características são denominadas hereditariedade.


Evolução processo pelo qual as populações de seres vivos se transformam ao longo do tempo. Dois fenômenos importantes para explicar a evolução das populações são as mutações e a seleção natural.

Resumo sobre vírus e bactérias

Resumo de biologia: Vírus e Bactérias.
Vírus – O que é 
A palavra vírus tem sua origem no latim e significa veneno. O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de replicação, utilizando para isso a estrutura de uma célula sadia (hospedeira). É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais. Não foram incluídos na classificação dos seres vivos por serem acelulares. 
Formação 
O vírus é formado por uma capsula de proteína chamada capsídeo que envolve o ácido nucléico, que pode ser RNA (ácido ribonucleico) ou DNA (ácido desoxirribonucleico). Os vírus quando estão fora de uma célula viva, são inativos e recebem o nome de vírions. As doenças causadas pelos vírus nos seres humanos são chamadas viroses.
Bacteriófagos – são vírus que parasitam bactérias.
Retrovírus – são vírus que apresentam RNA no seu material genético, e produzem DNA complementar ao seu RNA. Para isso, utilizam a enzima transcriptase reversa.
Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais, fungos, vegetais) e células procarióticas (de bactérias). 
Principais características dos vírus
·          São acelulares.
·          Não apresentam metabolismo próprio.
·          Só se reproduzem no interior de uma célula viva.
·          São parasitas intracelulares obrigatórios.
Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.
Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus. Muitos vírus sofrem mutações facilmente, por isso possuem alta variabilidade genética, o que dificulta a produção de vacinas e de medicamentos que os combatam
A virologia é a ciência que estuda os vírus e suas propriedades.

Bactérias
 As bactérias apresentam uma estrutura celular bastante simples. Esta forma de vida unicelular e procarionte podem ser encontradas isoladas ou em colônias. Muitas bactérias possuem estruturas extracelulares como flagelos ou cílios, organelas de locomoção presentes nas bactérias móveis.
Muitas delas podem possuir esporos (formações que conferem resistência às bactérias), devido ao meio ambiente inadequado à sua condição de vida, esta é uma forma delas se manterem vivas até encontrarem sua condição ideal de sobrevivência. Há ainda aquelas que não possuem esporos, estas são chamadas de vegetativas.
De forma geral, as bactérias apresentam entre suas organelas: cápsula, membrana plasmática, ribossomos, parede celular, material genético.
Bactérias patogênicas
As bactérias patogênicas são causadoras de inúmeras doenças, tais como: tétano, febre tifóide, pneumonia, sífilis, tuberculose, etc. A infecção pode ocorrer através do contato, do ar, alimentos, água, etc.
Os antibióticos
Os antibióticos são excelentes ferramentas no combate as bactérias patogênicas, pois, o organismo infectado por elas pode ser tratado com o uso adequado deste medicamento. Nem todas as bactérias são sensíveis ao mesmo antibiótico, por isso, cabe somente ao médico prescrever qual o melhor para cada caso.
A área da ciência que estuda as bactérias é chamada de Bacteriologia. Os cientistas e pesquisadores desta área estudam o ciclo de vida das bactérias, assim como sua composição química, genética e desenvolvimento.
Algumas espécies de bactérias vivem no solo e fixam o nitrogênio atmosférico que será usado pelas plantas e são chamadas fixadoras de nitrogênio; outras se associam a fungos formando liquens. Saprófagas decompositoras de matéria orgânica morta. Fermentadoras, utilizada na fabricação de coalhada, iogurte, queijo, vinho, vinagre etc.
As bactérias não possuem núcleo.

Infecções bacterianas podem ser tratadas com antibióticos, mas o uso indiscriminado ou inadequado desses medicamentos seleciona os microrganismos mais resistentes, o que poderá levar a infecção cada vez mais agressiva.