sexta-feira, 3 de julho de 2015

TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO OU NEODARWINISMO

principal problema dessa ideia era a falta de uma teoria que explicasse a origem e a transmissão das variações. Darwin não sabia explicar como indivíduos com novas características poderiam surgir, e não conseguiu responder a todas as críticas, pois desconhecia a mutação e as leis da hereditariedade de Mendel. Os trabalhos de Mendel só vieram a ajudar a compreender como essas características eram passadas aos descendentes.
MUTAÇÕES
São alterações que ocorrem no material genético, podendo ser espontâneas ou provocadas. As mutações resultam no aparecimento de novas características que podem ser favoráveis ou não a adaptação dos seres vivos. A natureza é quem vai fazer essa seleção. Houve uma síntese entre o darwinismo e as leis de Mendel, e os conhecimentos das mutações, que deram origem a teoria sintética da evolução ou neodarwinismo.
Sua teoria foi aceita pelo meio científico apenas no século XX, depois das descobertas de Mendel acerca da transmissão hereditária de caracteres. Somente em 1997 a teoria recebeu anuência do representante máximo da Igreja Católica, o Papa João Paulo II.

A teoria de Darwin revolucionou o modo como o mundo científico e o homem compreendem a existência da vida no planeta. Nas primeiras décadas do século XIX, pesquisadores trabalharam em uma síntese entre o darwinismo, e as leis de Mendel e o que se descobrira a respeito das mutações. Essa síntese deu origem à teoria atual, conhecida como teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo.

Neodarwinismo baseia-se nos seguintes pontos:
  • Mutações, como fator de variação.
  • Acaso, como justificativa para as Mutações.
  • Luta pela vida (contra o meio e não contra outro indivíduo).
  • Isolamento (geográfico ou sexual).
  • Migração.
  • Seleção Natural (sobrevivência dos mais aptos).

A mutação mostrou-se como matéria-prima para a seleção natural, originando novos alelos e produzindo variações fenotípicas. O Neodarwinismo analisa os fatores que alteram a frequência dos genes nas populações, como mutação, a migração seguida de isolamento geográfico e reprodutivo, e a deriva genética (mutação ao acaso na frequência dos genes).

Uma mutação pode ser provocada por diversos fatores, como:
  • Defeitos no mecanismo de duplicação do DNA.
  • Fatores ambientais, como raio ultravioleta e a radioatividade.
  • Certos vírus. 
  • Ação de produtos químicos, como benzimidazol, ácido nitroso, hidrazina e gás mostarda.
Chamamos de mutação a mudança na sequência de bases do DNA. Essa mudança pode ser suficiente para provocar o aparecimento de uma nova característica no organismo. Quando ocorre nas células somáticas, as mutações não causam nenhum efeito evolutivo, pois não são transmitidas aos descendentes. Ocorrendo nas células germinativas, por outro lado, podem passar às gerações seguintes e gerar novas características. As mutações são um acontecimento raro, se por acaso, aparecer uma mutação favorável ao ambiente, ela será selecionada positivamente e, com isso, o número de indivíduos portadores dessa mutação aumentará com o tempo.
Não podemos esquecer, porém, que uma mutação pode ser vantajosa em um ambiente e desvantajosa em outro.

Anemia falciforme: exemplo de seleção natural na espécie humana. Em certas regiões da África, a frequência de um alelo que causa a anemia falciforme tornou-se muito alta. Esse alelo produz uma hemoglobina anormal.

   Os indivíduos homozigotos que possuem esses dois alelos apresentam anemia e problemas circulatórios que podem ser fatais. Os heterozigotos (indivíduos com apenas um alelo que condiciona a anemia e outro alelo normal), não tem a doença são somente portadores, o que não prejudica a sua sobrevivência. Além disso, eles são resistentes à malária. Essa doença, comum nessas regiões da África, é provocada pelo protozoário plasmódio, que parasita as hemácias. 
A anemia falciforme é uma doença genética recessiva que ocorre nas mesmas regiões onde é  alta a incidência de malária. Observa-se que indivíduos heterozigotos (com apenas um alelo mutante e o outro normal) possuem altas taxas de sobrevivência à malária, sendo, portanto, parcialmente resistentes à infecção.
Entretanto, os mecanismos que conferem tal resistência nos indivíduos portadores de traços falciformes ainda não estão completamente elucidados.
Assim, os indivíduos heterozigotos têm vantagens sobre as pessoas sem alelos para anemia falciforme (pois estas podem contrair a doença) e sobre os portadores para anemia falciforme em homozigose (pois eles morrem mais cedo).
A sobrevivência dos heterozigotos garante, naquelas regiões africanas, uma frequência maior de indivíduos heterozigotos do que em regiões onde não há malária.

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