VIDA E MORTE DE BICHOS
Quem come carne é responsável pela manutenção de um sistema cruel de criação, confinamento e abate de aves e gado. E como disse Francisco de Assis, "tudo o que vive quer viver".
PATOS E GANSOS - o sofisticado e caríssimo patê foye gras, é feito com o fígado inflamado dessas aves. O método para conseguir isso é medieval: os produtores enfiam um funil na garganta de patos e gansos e os entopem de comida por meses. Forçado a trabalhar dobrado, o figado inflama, incha e fica cheio de gordura. Concluindo, o patê foye gras é uma doença.
O BABY BEEF - Para se conseguir essa iguaria clara e macia o bezerrinho é separado da mãe e trancado num compartimento por quatro meses. Nesse espaço só é possível mover a cabeça e se agachar. Não é possível se deitar. Assim ele não cria músculos e a carne fica macia. O alimento que ele recebe é desprovido de ferro, deixando-o, anêmico e com a carne clara. A falta de ferro deixa os animais desesperados, fazendo-os, muitas vezes, comer os próprios excrementos em busca desse mineral. Para evitar que os animais fiquem irrequietos e se machuquem, eles são mantidos em completa escuridão. Ao fim de quatro meses, sem sequer terem visto a luz do sol, são abatidos.
GALINHAS - A vida dessas aves é mesmo miserável. Passam a maior parte dela em gaiolas apertadas, com 18 horas de luz artificial acesa, por dia. O objetivo é que não durmam e comam p máximo possível uma comida que não lhes agrada. Os bicos são cortados para que não se matem nem cisquem. Na hora de morrer, recebem o choque elétrico que as desacorda e em seguida uma lâmina lhes decepa o pescoço.
A CARNE DE KOBE - o boi japonês da raça wagyu é mais uma vítima da ganância dos seres humanos. Um quilo de sua carne macia chega a custar mil dólares, no japão. Para isso, os criadores confinam o animal em espaços diminutos, desde o nascimento, obrigando-os a beber até 300 garrafas de cerveja por ano.
BOIS E VACAS - o transporte de um lado para o outro é feito em condições miseráveis. Viajam em pé, sem comer, por dias e, se porventura se deitam, são forçados a levantar por ferrões pontiagudos. Na hora de morrer levam um tiro de pistola de ar comprimido na testa. Desacordado, mas ainda vivo, o animal é erguido por uma pata traseira e outro funcionário do matadouro lhe corta a garganta. O animal deve estar vivo para que o sangramento seja o mais completo possível. Como ainda existem milhares de matadouros clandestinos e sem fiscalização em nosso país (calcula-se em 50%), o abate de bois e vacas a marretadas ainda é praticado apesar da proibição.
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